Os Leões da Igreja

Há uma expressão latina que diz que “nomen est omen”, indicando que o nome que alguém recebe é o presságio de sua vida. Muitos personagens bíblicos, de fato, cumpriram aquilo que seus nomes significavam, embora isso não seja uma regra geral.

Card. Prevost escolheu ser chamado de Papa Leão XIV, repetindo um dos nomes mais tradicionais da Igreja, atrás apenas de João, Gregório e Bento.

Boa parte dos Papas Leões foram muito combativos contra os erros de seus tempos. São Leão I, ou Magno, enfrentou Átila, o Huno, e combateu o monofisismo. São Leão II, por sua vez, combateu o monotelismo; São Leão III, o adocionismo; São Leão IV, os sarracenos. São Leão IX excomungou o patriarca de Constantinopla na ocasião do Grande Cisma do Oriente, já Leão X excomungou Lutero na Revolução Protestante. Leão XII combateu o liberalismo e, por fim, Leão XIII, o último até pouco tempo, combateu o comunismo e a maçonaria.

Outros papas com este nome viveram momentos tristes da história da Igreja, como os quatro Leões do Século de Ferro. Leão V, com poucas semanas de pontificado, foi preso por um antipapa e executado na prisão. Leão VI, por sua vez, governou por poucos meses. Leão VII, mesmo em período turbulento, lutou contra a feitiçaria e em favor do celibato sacerdotal. Leão VIII, por fim, foi primeiro antipapa e depois tornou-se um papa legítimo.

Leão XI, embora vivesse em um período melhor, teve o mais curto dos pontificados leoninos, de apenas 26 dias.

Para que o novo pontífice, Papa Leão XIV, enfrente os erros de nossos tempos com o vigor leonino, ele precisará das orações de toda a Igreja. Oremos para que seu pontificado seja santo e tenha o destino glorioso daqueles seus antecessores que foram verdadeiros leões na defesa da Fé.

Vida longa ao Papa!